quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Tô dentro
sábado, 12 de dezembro de 2009
Explodindo as Estrelas do Céu
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Fazendo as Malas
Carta de Embarque na mão, o lance agora é fazer as malas. Ainda bem que tenho pai e mãe pra cuidar das minhas coisas: minha casa, meu carro, minhas contas, meus investimentos e minha gata. No fim, como o contrato no navio é de oito meses, não estou indo embora. Vou, mas volto. Meu endereço não vai deixar de ser em Londrina. Só vou ficar um tempo fora. Por isso, a sensação não é de despedida, nem de coisa que acaba. Simplesmente, vou fazer um grande freela por uns tempos. Isso é muito bom.quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Nos finalmentes

Até que enfim tenho alguma imagem do que vai ser o meu futuro. Depois que fui demitida do meu último emprego, foram três anos de incertezas. Porque no fundo, eu não conseguia me ver como uma profissional autônoma, me sentia mesmo era desempregada. Por fim, graças a deus, consegui um emprego novo. Esse vai ser meu local de trabalho pelos próximos oito meses. Chato, né?
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
2010 - O Ano do Tigre
As pessoas farão coisas drásticas no mesmo momento. Os temperamentos subirão ao seu redor, será uma época de testar a sua diplomacia. Como o tigre, nós tenderemos a agir sem pensar e a terminar lamentando-nos pela pressa que tivemos.
As amizades, os riscos comuns e os negócios que requerem a confiança mútua e a cooperação feitas neste tempo são frágeis e serão quebrados facilmente. Entretanto, o ano forte e vigoroso do tigre pode também ser usado para injectar a vida e a vitalidade em causas perdidas, em riscos, em indústrias que se afundam, e/ou falhando. Será do mesmo modo um momento para a mudança maciça, para a introdução de ideias novas e marcantes, especialmente controversas.
O calor impetuoso do ano do tigre, apesar de seus aspectos negativos, devemos dizer que poderia ter um efeito de limpeza e purificação em todos nós. Tal como o calor intenso é necessário para extrair metais preciosos de seus minérios, assim também o ano do tigre pode trazer para fora o melhor que existe em nós.
Apenas um breve conselho para este ano imprevisível - agarre-se ao seu sentido de humor e deixe a má cara enterrada ou escondida durante este ano.
- pois é, eu sou tigre no horóscopo chinês e ano que vem é o Ano do Tigre.
- recebi minha data de embarque para o navio ontem e comecei a me preparar para o grande ano que vem por aí. 2010 vai ser um marco na minha vida.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Maldade
domingo, 15 de novembro de 2009
Falha na Conexão
sábado, 14 de novembro de 2009
Sexta-Feira 13
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Falta Pouco
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Borboleta Preta
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Saco Cheio
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
No momento, não posso atender
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Metamorfose
domingo, 11 de outubro de 2009
Quem você é
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Saudade da Bahia
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Mais perto do fim do que do começo
A gente sabe que o ano está mais pro fim do que pro começo quando vê a primeira matéria no noticiário falando que faltam três meses pro Natal. Já estou praticamente fechando o boteco, porque na verdade queria mesmo que o ano acabasse logo. Tantos dias parados esperando o amanhã. Sem dinheiro, sem trabalho, sem namorado, sem problemas pra resolver. 2009 - o ano que não existiu. E ainda nem acabou!domingo, 13 de setembro de 2009
Um passinho pra frente, por favor!
Mais uma entrevista em Santos para a vaga pra trabalhar no navio. Mais um passinho na direção de uma mudança radical na vida. Mas, como nada é certo nessa vida, só acredito nisso tudo quando estiver a bordo. Foi bacana ir até o litoral, fazer a entrevista com o mar ali pertinho, há poucas quadras de distância. Parece que o sonho fica menos sonho e mais realidade. Fotografar, viajar e estar junto ao mar. Será?segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Vai demorar
Conseguir a vaga para trabalhar no navio não é difícil, mas é demorado. Eu bem que achei que era só ir até São Paulo, fazer uma entrevista e subir a bordo. Agora que pesquisei melhor sobre o assunto, percebi que pode demorar muitos meses até a coisa virar. Nas últimas semanas, eu não estava conseguindo lidar muito bem com a situação. Minha cabeça ficava só pensado em duas frases: "se eu embarcar..." e "quando eu embarcar". Porém, não vai dar pra viver na condicional e no subjuntivo por três ou quatro meses. Vou ter que voltar pra realidade e continuar no presente, com o pé no chão, vivendo um dia de cada vez. O que vier, é lucro - frasezinha sem-vergonha, mas de grande utilidade.sábado, 29 de agosto de 2009
Pode ser que demore
Sou uma pessoa teimosa. Ou seja, demoro muito para admitir outra verdade que não seja aquela que enfiei na cabeça. Por isso, demorei para perceber que assumi novamente a postura de vítima. Eu já tinha aprendido a viver no presente, sem deixar o passado e o futuro virem me assombrar. Mas, enfrentei um mês de agosto totalmente parado, sem coisas ruins nem boas acontecendo. Essa falta de estímulo realmente acaba comigo. Consigo me sair melhor quando as coisas vão mal do que quando nada acontece. É a síndrome do paranóico: para alguém com mania de perseguição, não ter alguma coisa pra ter medo é um tormento sem fim! Quando as coisas estão paradas, eu começo a ter saudade do passado e fico lembrando de coisas que podiam ter acontecido, coisas que aconteceram e foram boas, coisas que aconteceram e foram ruins, o que fiz e o que poderia ter feito. Quando nada está acontecendo, fico pensando no futuro e fico planejando como deveria ser minha vida daqui dez anos, vivendo todos os medos e alegrias dos dias que ainda estão por vir. Complicado. Nessas horas, eu esqueço completamente do presente. Fico me sentindo uma bolha de sabão, sem nada dentro, flutuando no ar sem saber quando vai explodir. Ser bolha de sabão nessa hora, não é muito bacana. Mas, um dia explode. E volta tudo ao normal.sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Salada
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Carreira Solo

Não é à toa que todo mundo tem medo da solidão. Não é fácil ser sozinho. O mundo é feito pra se viver em bando. No mínimo, em pares. No restaurante, tem mesa pra dois - mas, não tem mesa pra um. Pacote da CVC é pra dois: se vc viajar sozinho vai pagar o mesmo preço que um casal, afinal ninguém manda vc ser excêntrico. Convite pra evento social tem sempre aquele lembrete "com direito a acompanhante", pra vc não se esquecer que não é muito bom ir sozinho. Ser sozinho é estranho. Não é bom, nem é ruim. Só é estranho. É uma sensação meio surreal não ter a vida entrelaçada com a vida de outra pessoa, não depender de absolutamente ninguém para tomar decisões. O mais estranho é que ser sozinho é muito parecido com ser livre. Uma pessoa sozinha não precisa consultar ninguém para tomar atitudes a respeito da própria vida, a não ser os seus próprios sentimentos e desejos. É por isso que todo mundo tem medo da solidão. Porque é vc com vc mesmo, a responsabilidade é toda sua. Não tem ninguém em quem colocar a culpa. Nem dá pra tomar decisões pensando em fazer o melhor para outra pessoa. Por isso, ser sozinho é assustador: é quando vc não tem outra saída a não ser olhar para si mesmo. Geralmente, as pessoas não gostam de fazer isso. Quem faz a opção de ser sozinho, tem que ter muita coragem.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Um dia, eu quis ver o mar
Tirei essa foto no Porto de Itajaí, nas férias em Camboriú. Nunca tinha visto um navio de perto e fiquei impressionada com o tamanho do barcão. Como todo os outros turistas em terra, fiquei imaginando o quanto deve ser louco viajar em um cruzeiro marítimo. Eu nem imaginava que um dia iria estar pleiteando uma vaga para embarcar e permanecer na tripulação por pelo menos seis meses. Naquela época, eu tinha um emprego, um marido e estava tentando engravidar. É estranho pensar no quanto a vida mudou desde então. Não tenho mais emprego, nem marido e já desisti definitivamente de ser mãe. Embarcar num navio sem destino certo, por mares nunca dantes navegados por mim é mais que uma possibilidade. É um desejo. Uma vontade de partir, de explorar a imensidão do oceano, parando de vez em quando em um porto longínquo. No começo do ano, prestei concurso pra trabalhar em Salvador e não passei. Dessa vez, pode ser que eu não consiga embarcar novamente. Mas, uma coisa é certa. A vontade de ir embora, de alargar meu horizonte, cresce a cada dia. Se não for dessa vez, com certeza ainda vai chegar a hora. Um dia, eu vou olhar para trás e acenar um adeus. Quem sabe, no mês que vem.quinta-feira, 30 de julho de 2009
Sonhando Alto
Estou concorrendo a uma vaga para trabalhar como fotógrafa em cruzeiros marítimos e a entrevista final é no final de agosto. No começo do ano gastei uma grana pra prestar um concurso em Salvador e não passei. Dá preguiça e dó de gastar mais uma grana de novo. Mas, pra ganhar na loteria, tem que apostar. Estou apostando. Porque já cheguei à conclusão que do jeito que está não dá pra ficar. Uma hora eu acerto.sábado, 18 de julho de 2009
Sempre alguma coisa está acontecendo
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Será que dá rock?
Esses dias mandei meu currículo de fotógrafa para uma agência de recrutamento de temporários para trabalhar em cruzeiros marítimos. Só mandei mesmo pela facilidade tecnológica que a gente tem hoje em dia de fazer tudo pelo site. Já faz dois dias que a resposta está na minha caixa de entrada, solicitando um agendamento para entrevista em São Paulo. As chances de conseguir a vaga são consideráveis e a entrevista é na semana que vem. Então, tenho alguns dias para pensar se eu quero embarcar em um navio e passar seis meses viajando ao redor do mundo. Se eu quero ficar um tempo longe da família, dos amigos, dos pretendentes, dos meus contatos profissionais e da terrinha. Se eu quero sair para ver o mundo, se eu tenho coragem de deixar - literalmente - meu porto seguro. Minha vida sempre foi reclamar e chorar pelo fato de até hoje não ter ido embora daqui, atrás de sonhos maiores. Talvez seja a hora de partir, porque se eu ficar, vou ter que parar de reclamar e admitir que fico porque quero. O local de embarque para quem passar na seletiva é definido somente depois de tudo acertado, afinal os navios estão em trânsito. A única coisa certa é que se sai do Brasil para Miami. E de lá para o mundo. Será que vai ser esse o meu itinerário?domingo, 5 de julho de 2009
Copie e Cole
Pois é. Confesso que leio livros de auto-ajuda e filmes que dão lição de moral. Também leio horóscopo e jogo runas pela internet. Daí minto pra mim mesma que sou cética e agnóstica, racional e lógica, na busca pelo sentido da vida. Mentira... Também tenho meu lado bicho-grilo, vivo procurando os sinais do destino em tudo que é canto e coisa que acontece. A última foi um filme que minha mãe me emprestou que conta a história de um atleta que luta pra ir pra olimpíada. É uma historinha boba, mas a mensagem central até que é bacana: não existe passado, não existe futuro - a única coisa que existe é o presente. Fiquei pensando nisso, mas não foi porque é uma descoberta incrível ou algum tipo de revelação. A idéia é até meio batida, todo mundo sabe disso. Mas, fiquei pensando nisso porque é algo que realmente pode me ajudar a me sentir melhor. Tenho andando muito preocupada com o futuro, aliás angustiada com o fato de não saber nada sobre meu futuro. Até já postei sobre a minha necessidade de arranjar alguma coisa para querer. Então, comecei a pensar que apreciar a paisagem seja mais importante do chegar ao destino. Se eu ficar parada pensando em um lugar pra onde ir, corro o risco de ficar parada para sempre. Por outro lado, se eu começar a caminhar mesmo sem saber até onde posso chegar, eu já estarei chegando a algum lugar a cada passo que eu der. Eu realmente não quero ficar sentada na rodoviária, esperando por um ônibus que eu não sei qual é. Prefiro ir andando. segunda-feira, 29 de junho de 2009
Intuição
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Saco Cheio
Estou cansada de acordar todos os dias feliz por ter uma boa casa, a geladeira cheia, um carro na garagem e nenhuma doença degenerativa. Estou cansada de pensar antes de agir, de levar em conta os sentimentos dos outros, de agradecer o que tenho, de organizar meu computador, de investir em marketing pessoal, de tomar chá verde, de não tomar coca-cola, de comer menos junky-food, de ir dormir cedo pra acordar cedo, de ler a parte de economia do jornal, de separar o lixo reciclável, de resistir a comprar um maço de cigarros, de dar bom-dia e boa-tarde pra todo mundo, de tomar banho morno em vez de quente pra não ressecar a pele, de passar filtro-solar pra ir na padaria. Às vezes, sinto que me esforço tanto para encontrar o ponto de equilíbrio, que ao chegar até ele me sinto meio estressada. Porque não foi fácil parar de dizer "foda-se" a cada dez frases, de jogar copos na parede do bar em noites de fúria, de xingar no trânsito, de fumar até passar mal, de ter prisão de ventre por ter ficado um mês só comendo hambúrguer, de mandar o chefe tomar no cu, de chorar três dias e três noites por ter levado um fora, de pensar em se matar mesmo sabendo que nunca iria ter coragem, de ir de carona e sem dinheiro pra praia, de faltar na faculdade por estar com uma ressaca-monstro, de ficar mais de uma hora embaixo do chuveiro antes de ouvir falar em aquecimento global, de ficar mais de dois meses sem ligar pra mãe, de dirigir embriagada sem culpa, de roubar placa de trânsito pra colocar na parede do quarto. Parei de fazer tudo isso e não sinto saudade. A inconsequencia juvenil pode até ser poética, mas é tonta na mesma proporção. Enfim, consegui chegar ao ponto de equilíbrio. É ótimo. Me sinto como se estivesse numa propaganda de margarina...terça-feira, 23 de junho de 2009
Cota de Amor
Às vezes, fico pensando se cada um tem sua cota de amor. Será que o amor que a gente vai viver na vida já vem pré-determinado? É que eu já pensei na possibilidade de eu já ter vivido a minha cota de amor. Já tive dois relacionamentos longos e intensos, cada um com seus incontáveis momentos de conquista, felicidade, crescimento, conflito e dor. Tive também experiências tão rápidas quanto um beijo dado em um desconhecido nas férias de verão, mas que marcaram por serem apenas e simplesmente surpreendentes. Tudo isso me fez aprender muitas coisas, inclusive compreender que nunca podemos encontrar no outro o que falta na gente mesmo. Também percebi que ter alguém não é a garantia de sermos felizes. Talvez eu tenha deixado de acreditar no amor, ou talvez eu tenha descoberto que ter alguém para amar não pode ser o único objetivo na vida. Só tenho uma certeza: perdi a inocência e sei que meu coração nunca mais vai bater como antes por alguém. Pode ser que ele bata mais rápido e com força, mas não será como antes. Será apenas como um coração que amadureceu. Quando isso acontece, não tem como voltar atrás. É o preço do equilíbrio adulto.sábado, 20 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
Filosofia para Iniciantes
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Adeus

segunda-feira, 11 de maio de 2009
relações cibernéticas
segunda-feira, 4 de maio de 2009
April Skies
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Bolsa de Mulher
Cada mulher leva seu universo dentro da bolsa. Na minha bolsa, vai somente o básico. Uma carteira, as chaves, o celular, os óculos escuros, a agenda e uma caneta. Será que o meu universo é muito básico? Inclusive, se pudesse não usaria bolsa. É um saco procurar as chaves quando a gente chega em casa, achar o celular quando ele tá tocando desesperadamente no meio da reunião, não ter onde deixar a bolsa na balada. Praticidade é o meu lema. Porém, essa mania de funcionalidade talvez seja exagerada. Talvez, eu devesse carregar de vez em quando alguma coisa supérfula, coisas que não são necessárias, mas que podem tornar o dia mais bonito, mais agradável e, quem sabe, mais feliz. Esses dias, a Nini entrou na bolsa e ficou lá, olhando pra mim como quem diz: "Olhaí, é muito legal ficar dentro da sua bolsa!" Assim, percebi que cabe muita coisa dentro da bolsa, cabe até mesmo quem a gente ama.quarta-feira, 22 de abril de 2009
Teoria Junguiana
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Não Passei
quarta-feira, 15 de abril de 2009
O Homem Perfeito

Não acredito no ditado de que todos os homens são iguais. Existem aqueles especiais. Aquele que gosta de ouvir Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine. Que apesar de passar dos trinta, ainda tem um jeito de menino e um sorriso de quem está adivinhando o que você está pensando. Que pratica esportes radicais pelo simples prazer de sentir o coração bater mais forte. Que gosta de brincar com crianças e também de brincar igual criança. Que compra maçã do amor pra namorada e fica preocupado se vai se atrasar para buscá-la no trabalho. Eu mesma conheci um esses dias. O chato é que não fui eu quem ganhou a maçã do amor. Mas, mesmo assim é bom saber que o homem perfeito existe e que a gente não precisa ficar se contentando com qualquer homem-tudo-igual que tem por aí. Basta ter paciência para encontrar um que ainda não tenha pra quem dar uma maçã do amor.
sábado, 11 de abril de 2009
Pilha Fraca
Ultimamente, ando com a pilha fraca. Uma preguiça generalizada. Daí vem a mania de deixar pra depois: vou lavar a roupa só quando a novela acabar, vou começar a academia só quando terminar esse trabalho, vou parar de fumar só depois do meu aniversário, vou começar o mestrado só no ano que vem. Mas, na realidade, estou meio desanimada. Se não tenho estímulo, não tenho energia. Para não admitir que estou sem vontade de fazer nada, passo a conjugar o verbo no futuro do subjuntivo. segunda-feira, 30 de março de 2009
Nietzsche e Almofadas
Ultimamente tenho assistido muita televisão. A vida de freelancer oferece muito tempo livre e tenho me rendido à preguiça. A contradição é que o meu pacote-favela da NET tem pouquíssimas opções interessantes e ficar na frente da televisão virou uma fonte de ansiedade, daquele tipo que faz a gente ficar mudando obssessivamente de canal, mesmo depois de já ter decorado a programação inteira. No domingo, o lance estava tão crítico que comecei a apelar: comecei a assistir canais tipo TV Senado, Rede Vida, Discovery Kids, só pra ver qualquer coisa diferente. Foi assim que comecei a assistir o programa Café Filosófico da TV Cultura. Quando a gente está acostumada ao ritmo de vídeoclipe e ao apelo incandescente da publicidade, é difícil assistir a um programa onde se transmite uma palestra, com uma câmera fixa na palestrante e no mediador sentado ao lado dela. Ainda mais quando a palestra é sobre Niestzsche em pleno final de domingo. Por pura falta de opção, comecei a prestar atenção e, por incrível que pareça, fiquei muito interessada no assunto, assisti o programa até o final e ainda fiquei com vontade de ler alguma coisa sobre o filósofo. O que achei mais interessante foi a explicação da palestrante sobre como Nietzsche analisou e criticou a postura das religiões que defendem que a vida é um calvário que temos que suportar e que a felicidade só pode ser alcançada após a morte. É a negação do presente e do corpo, em benefício do futuro e do pensamento. Fiquei pensando que é um argumento que eu ainda não tinha anotado na minha lista de argumentos para explicar porque perdi a fé na Igreja e em Deus quando eu tinha 17 anos. Desde aquele tempo, eu já achava um tremendo absurdo passar a vida inteira seguindo regras e preceitos para merecer ir para o céu. Esperar pelo futuro, mesmo que o futuro seja amanhã, é abrir mão de viver. Cada vez mais tenho entendido o significado de viver o presente. Tenho esperado menos, idealizado menos, criticado menos. Com isso, tenho me frustrado menos, me decepcionado menos e magoado menos pessoas. Assim, o presente tem se tornado cada dia mais importante que o futuro. Achei bem engraçado ficar pensando nisso tudo, deitada no meio das almofadas do sofá, em pleno domingão. Quando a gente está bem consigo mesmo, dá pra fazer brotar flores de pedras. Dá pra achar o máximo ficar jogando baralho na casa de praia, porque tá despencando aquele aguaceiro lá fora. Dá pra bater um papo com a vizinha enquanto estão presas há mais de meia hora no elevador. Dá até pra aprender sobre Nietzsche pela televisão...terça-feira, 24 de março de 2009
Menos de 24h na Bahia
Depois de passar 30 dias na Bahia nas férias de verão, foi muito estranho voltar a Salvador e ficar menos de 24h na cidade. Fui prestar o concurso público, fui num dia e voltei no outro. Foi rápido, mas foi emocionante estar lá novamente. Apesar de ter estado lá apenas uma vez, a cidade me traz uma sensação boa de familiaridade, não me sinto como alguém de fora. Não pude passear, apenas prestei o concurso e fui direto para o aeroporto. O trajeto do ônibus para o aeroporto foi meu único momento-turista, foram 40 minutos pela orla: Barra, Ondina, Rio Vermelho, Pituba, Itapuã. Era domingo de sol forte e as praias estavam cheias. O mar estava maravilhoso. Apreciar a paisagem aumentou o meu desejo de um dia chegar para ficar.terça-feira, 17 de março de 2009
Quero ser Funcionária Pública
Parando com o Drama
segunda-feira, 16 de março de 2009
Partida
Por que discutimos mais com pessoas da família do que com amigos? Por que choramos mais quando nosso pai ou nossa mãe nos magooam? Por que dói mais a indiferença deles do que qualquer outra coisa no mundo? É porque, bem ou mal, foram eles que nos ensinaram a andar, a falar, a brincar, a sentir e a pensar. Se eles nos dizem que somos maus, isso tira um pedaço do nosso coração, porque aprendemos que devemos acreditar no que nossos pais dizem. De tanto escutar que eu era má e que não merecia que alguém me amasse, eu saí de casa há mais de dez anos fechando a porta atrás de mim e jurando que nunca mais voltaria. Ficar sozinha trouxe longos períodos de sofrimento e incertezas, mas me deu a oportunidade de rever muitos dos meus valores. Pouco a pouco, eu acabei voltando. Hoje, depois de muitos anos, tive novamente motivos para chorar e para ficar magoada. Percebi que existem pessoas que não mudam, não aprendem com os próprios erros. Ao contrário, continuam magoando as pessoas com a sua intransigência e egoísmo. Eu gostaria que as outras pessoas tivessem mudado, assim como eu mudei, que tivessem procurado curar as feridas, por si mesmo e pelos outros. Mas, não foi assim. Pouca coisa mudou. O medo de admitir as fraquezas e, principalmente, a falta de amor e consideração, impede até mesmo que se enxergue alguém ao lado. Por isso, assim como há dez anos atrás, eu decidi que vou embora novamente. Vou continuar a viver a minha vida, sem esperar nada de ninguém. Já vivi muito tempo sozinha, não vai ser tão difícil. Não quero provar nada pra ninguém. Vingança e sofrimento alheio nunca me fizeram sentir melhor. Só não quero criar expectativas de um apoio e um amor que nunca virão. Tenho certeza que do outro lado, também esperam isso de mim: que eu não peça, que eu não exija, que eu não sinta falta do carinho e da atenção que eles não podem me dar. Pelo menos, não do jeito que eu gostaria de receber. Pra não criar mais conflito, não vou desaparecer, vou apenas manter a distância. Porque eles precisam ter a ilusão de que estamos todos juntos e felizes. Eu já cansei de ser a culpada nessa história. Então, estou saindo da história.sexta-feira, 13 de março de 2009
Passos Largos
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Além das Fronteiras
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Life goes on
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Inevitável
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Às vezes, Cansa...
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Esperando a Sexta-Feira
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Do it yourself
Ultimamente tenho me surpreendido comigo mesma no quesito "se-virar-sozinha". Apesar da pose de mulher independente e senhora do destino, sempre tive um lado que na hora do aperto sempre gritava por socorro e ficava esperando ser resgatado. Mas, agora tudo mudou. Esses dias o pneu do carro furou e eu demorei um dia inteiro para perceber. Quando vi, já era de noite e mesmo assim consegui ir até o posto de gasolina, encher o pneu e achar uma borracharia 24h pra fazer o conserto. Coisa simples, mas para mim foi uma vitória não ter ligado pro meu pai, pra minha irmã ou meu cunhado. Outra coisa que foi melhor ainda é que antes do natal, uma doida veio com tudo e bateu na traseira do meu carro. Já faz mais de 15 anos que tenho carteira de motorista e, mesmo não dirigindo tão bem assim, nunca tinha me envolvido num acidente de trânsito. Dessa vez, dada a gravidade da situação, eu tentei ligar para o meu pai, minha irmã e meu cunhado, mas nenhum dos celulares atendeu. Eu fiquei bem nervosa, não sabia o que fazer: chamar o trânsito? tirar o carro da rua? chamar o seguro? negociar com a doida? Consegui falar com minha irmã, mas ela não podia sair do escritório. Então, com assessoria dela por telefone, tive que resolver tudo sozinha. Não é que deu tudo certo? Fui fazer orçamento em duas oficinas, peguei o cheque da doida, deixei o carro em uma terceira oficina de minha confiança. Apesar do carro amassado, voltei pra casa feliz! Hoje, para ampliar as experiências de independência para além do setor automobilístico, também fiz progressos no setor de informática. O gravador de DVD do computador pifou de vez e eu estava com uma dor no coração de ter que gastar dinheiro com a manutenção. Além disso, odeio desperdício e em casa tem um monte de sucata de computador, inclusive três drives de DVD jogados numa caixa. Resolvi tentar resolver tudo sozinha de novo e de chave de fenda em punho me aventurei a trocar os drives. Foi muito bom ver o negócio funcionando e não ter gasto nenhum real, nem ter que esperar uma semana até o serviço ficar pronto. Até agora o computador não pegou fogo, nem explodiu. Então, estou bem feliz de estar, finalmente, resolvendo por mim mesma os meus problemas. segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Vida Saudável
Estou me sentindo ótima na minha nova vida saudável. Uma semana sem fumar e vai tudo bem sob o céu de fevereiro. É ótimo voltar a ter vontade de comer. Fumar por dez meses levou embora pelo menos três quilos do meu peso ideal. Me sinto bem melhor. Sei que vou fumar de vez em quando e vou continuar a esquecer como voltei pra casa nos finais de semana, porque vida saudável para mim não é deixar de fazer o que dá prazer, mas fazer de tudo um pouco sem exagerar na dose. É o que chamam de equilíbrio. Parece fácil, mas não é. Tente ficar na ponta do pé esquerdo e tire o pé direito do chão. Logo, você perde o equilíbrio. Por outro lado, se você encontra o ponto de equilíbrio, pode cair o mundo que nada vai fazer você cair. Pois é. Estou a fim de achar esse ponto, um lugar para estar sem medo de cair. Um lugar seguro onde dê pra respirar, relaxar e apreciar a paisagem. Quero estar entre a alegria e a tristeza, entre a paz e a inquietute, entre a euforia e o desânimo. Pra poder sentir um pouco de tudo isso, afinal viver é uma mistura de tudo, um dia um pouco mais de sal e no outro um pouco mais de açúcar. Cada um pode temperar a vida como bem entender. domingo, 8 de fevereiro de 2009
A Sincronicidade do Universo
Necessidades Básicas
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Basta Querer

Tá vendo. Basta a gente querer pra conseguir fazer as coisas. Saí pra balada e não bebi. Voltei pra casa cedo e o dia seguinte não foi perdido. Muito mais divertido do que beber um monte e não lembrar de nada depois. O que adianta? Porém, não ter ressaca não foi a melhor coisa que aconteceu essa semana, mas sim estar há dois dias sem fumar. Não ter gosto na boca, não ter cheiro na casa, não ter falta de apetite, não ter que sair de manhã pra comprar cigarro na padaria porque o maço acabou na balada, é tudo muito bom. Mas, ótimo mesmo é ter tido força de vontade, é ter escolhido o melhor pra mim mesma. Não sei por quanto tempo vou ficar sem fumar, mas já estou me sentindo uma pessoa melhor. Como se não bastasse, comecei um curso intensivo de dança. Antes de entrar efetivamente na pista de dança, enfrentei um dilema entre tentar ou inventar uma boa desculpa para desistir. Ainda bem que acabei indo, porque a sensação de enfrentar o medo e fazer uma coisa completamente nova, compensou todas as pisadas no pé do parceiro. Quando o tempo fecha e a chuva vem, dá pra abrir o guarda-chuva e enfretar o vento. Mas, se estiver com preguiça, pode esperar que um dia sempre pára de chover. Tem dias que o mundo parece sombrio, mas o tempo sempre abre e o sol reaparece. Pode ter certeza disso.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Toda Vez a Mesma Coisa
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Crise Global
Apesar de todo meu otimismo nesse começo de ano, as notícias de 80 mil demissões em um único dia nos EUA até que abalaram um pouco o meu mundinho. O analista econômico explicou que a velocidade com que as fábricas estão demitindo é assustadora, pois usualmente primeiro há férias coletivas, depois redução de jornada e corte de horas-extras. As empresas só demitem quando a coisa tá bem preta. A conclusão é que as empresas no mundo todo, inclusive no nosso Brasil Varonil, não acreditam que a crise vá passar logo, por isso já estão mandando todo mundo pra rua logo de uma vez. Também estão falando que o filé mignon está muito barato no Brasil, porque as exportações do produto caíram pra caramba lá fora. É bom comer picadinho de filé mignon no almoço de terça-feira, mas é um sinal de que as coisas estão passando do ponto no mundo da economia global. Estou contaminada com o medo da recessão. Esses dias fui ao shopping e no meio de milhares de plaquinhas de "liquidação!", senti um medo danado de gastar meu dinheirinho. Ainda mais com essa vida de freelancer, sem salário, sem 13º e sem férias, dá um frio na barriga pensar no ano que está apenas começando. Mas, como o brasileiro sempre dá um jeito de ver o copo meio cheio ao invés de meio vazio, vou aproveitar pra testar umas receitas novas com o filé mignon com preço de fraldinha. Acho que vai bem com pimenta-do-reino e manteiga!

