quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sonhando Alto

Estou concorrendo a uma vaga para trabalhar como fotógrafa em cruzeiros marítimos e a entrevista final é no final de agosto. No começo do ano gastei uma grana pra prestar um concurso em Salvador e não passei. Dá preguiça e dó de gastar mais uma grana de novo. Mas, pra ganhar na loteria, tem que apostar. Estou apostando. Porque já cheguei à conclusão que do jeito que está não dá pra ficar. Uma hora eu acerto.

sábado, 18 de julho de 2009

Sempre alguma coisa está acontecendo

Surpresas não precisam vir necessariamente com o novo. Às vezes, a gente se surpreende com aquilo que sempre esteve ao nosso lado, mas que a gente nunca parou para prestar atenção. Aí, é capaz até de levar aquele susto: "Nossa! A vizinha tem o cabelo azul e eu nunca tinha reparado!". Pois é. Acontece muito com pessoas. Tem pessoas que a gente conhece há tempos, mas que nunca paramos para conversar e saber sobre coisas à toa, tipo qual a cor preferida ou se já pegou gripe esse ano. Tem pessoas que a gente vê todo dia e só diz bom-dia, boa-tarde, boa-noite, até mais. Tem pessoas que a gente vai ver sempre e nunca vai passar do estágio de conversar sobre o tempo ou sobre a crise econômica e como os políticos são ladrões. Daí, surpresa é quando uma dessas pessoas que a gente está tão acostumada a ver, de repente olha pra você por mais tempo que de costume. Olha e presta atenção no que você está falando. Pergunta e ouve a sua resposta. Ao invés de falar sobre o aquecimento global, fala sobre si mesmo, sobre o que gosta e até sobre o que está sentindo. Assim, percebemos que tem muitas pessoas que a gente vê todo dia que passam pelas mesmas coisas, sentem as mesmas coisas, têm as mesmas dúvidas. São essas surpresas que não vêm com o novo que fazem a gente se sentir menos solitário. Não estamos sozinhos, graças a deus.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Será que dá rock?

Esses dias mandei meu currículo de fotógrafa para uma agência de recrutamento de temporários para trabalhar em cruzeiros marítimos. Só mandei mesmo pela facilidade tecnológica que a gente tem hoje em dia de fazer tudo pelo site. Já faz dois dias que a resposta está na minha caixa de entrada, solicitando um agendamento para entrevista em São Paulo. As chances de conseguir a vaga são consideráveis e a entrevista é na semana que vem. Então, tenho alguns dias para pensar se eu quero embarcar em um navio e passar seis meses viajando ao redor do mundo. Se eu quero ficar um tempo longe da família, dos amigos, dos pretendentes, dos meus contatos profissionais e da terrinha. Se eu quero sair para ver o mundo, se eu tenho coragem de deixar - literalmente - meu porto seguro. Minha vida sempre foi reclamar e chorar pelo fato de até hoje não ter ido embora daqui, atrás de sonhos maiores. Talvez seja a hora de partir, porque se eu ficar, vou ter que parar de reclamar e admitir que fico porque quero. O local de embarque para quem passar na seletiva é definido somente depois de tudo acertado, afinal os navios estão em trânsito. A única coisa certa é que se sai do Brasil para Miami. E de lá para o mundo. Será que vai ser esse o meu itinerário?

domingo, 5 de julho de 2009

Copie e Cole

Pois é. Confesso que leio livros de auto-ajuda e filmes que dão lição de moral. Também leio horóscopo e jogo runas pela internet. Daí minto pra mim mesma que sou cética e agnóstica, racional e lógica, na busca pelo sentido da vida. Mentira... Também tenho meu lado bicho-grilo, vivo procurando os sinais do destino em tudo que é canto e coisa que acontece. A última foi um filme que minha mãe me emprestou que conta a história de um atleta que luta pra ir pra olimpíada. É uma historinha boba, mas a mensagem central até que é bacana: não existe passado, não existe futuro - a única coisa que existe é o presente. Fiquei pensando nisso, mas não foi porque é uma descoberta incrível ou algum tipo de revelação. A idéia é até meio batida, todo mundo sabe disso. Mas, fiquei pensando nisso porque é algo que realmente pode me ajudar a me sentir melhor. Tenho andando muito preocupada com o futuro, aliás angustiada com o fato de não saber nada sobre meu futuro. Até já postei sobre a minha necessidade de arranjar alguma coisa para querer. Então, comecei a pensar que apreciar a paisagem seja mais importante do chegar ao destino. Se eu ficar parada pensando em um lugar pra onde ir, corro o risco de ficar parada para sempre. Por outro lado, se eu começar a caminhar mesmo sem saber até onde posso chegar, eu já estarei chegando a algum lugar a cada passo que eu der. Eu realmente não quero ficar sentada na rodoviária, esperando por um ônibus que eu não sei qual é. Prefiro ir andando.