segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Surpresa Ruim

Do mesmo jeito que as boas, surpresas ruins também acontecem. Quando menos se espera. Infelizmente.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

É Muito Bom

É bom pensar em alguém numa tarde ensolarada e quente de verão. É bom ficar ensaiando frases para o próximo encontro, tentando achar a melhor maneira pra simplesmente dizer que sentiu saudades. É bom ficar lembrando do cheiro, do toque e do olhar. É bom pensar que a vida ficou mais alegre depois que aconteceu. É bom saber que a gente pode se sentir bem ao lado de alguém. É muito bom sentir.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cantinho

Faz um mês e dez dias que desembarquei do navio. Nem faz tanto tempo assim. Entre tantas incertezas, uma das únicas coisas que sei é que vou partir de novo daqui alguns dias. Ainda não sei pra onde, mas sei que vou. Apesar do medo de me jogar de cabeça no desconhecido, sei que é esse o meu destino e tenho certeza que muita coisa boa me espera no meu futuro. Mas, existe um lado melancólico nisso tudo. Toda partida tem o seu preço: as despedidas. Mais uma vez, vou ter que dizer adeus. No ano passado, no navio eu disse adeus incontáveis vezes, afinal na vida a bordo sempre tem alguém chegando e alguém indo embora. No começo, doía ver um amigo partindo e ter a certeza de que eu nunca mais veria essa pessoa. Com o tempo, o coração endureceu e eu comecei a me acostumar a sentir saudade das pessoas desde o momento que eu as conhecia. Quando pessoas especiais entraram na minha vida, foi assim: cada momento de felicidade tinha sempre um verniz de solidão. Esses dias que se passaram desde que voltei pra Londrina têm sido bem estranhos. Apesar de eu não estar mais a bordo, ainda estou em busca de um porto seguro, de um lugar pra ancorar o meu barquinho e começar uma história. Porque eu acho que estou bem cansada de viver dizendo adeus.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Surpresa Boa

Foi numa tarde dessas, depois da chuva.
Um olhar. Um sorriso. Um momento.
Supresas boas acontecem quando menos se espera...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mãe, me empresta o carro?

O mais engraçado nisso tudo é que, depois dos 36 anos, eu voltei a morar na casa dos meus pais. Eu não morava mais com eles há mais de 13 anos e, obviamente, não tinha mais quarto na casa. Pra ir trabalhar no navio por 8 meses, eu tinha desocupado meu apartamento, vendido meu carro e tudo o mais. Quando desembarquei, vim morar com eles. É engraçado, porque estou me sentindo com 15 anos, pedindo o carro emprestado e avisando que horas vou voltar. O quarto onde estou morando, virou minha casa temporária. Uma micro-casa, dentro da casa. Eu sempre fui muito apegada às coisas materiais, a minha casa sempre foi um lugar sagrado que eu cuidei e decorei com muita dedicação. Meu apartamento foi alugado com a mobília e, às vezes, sinto ciúme do meu sofá que agora tem uma outra pessoa deitada em cima. Sou uma pessoa que gosta de morar sozinha, nunca dividi minha casa com ninguém, só com meus irmãos e com os maridos. Fora isso, sempre fiz questão de ter minha casa só pra mim. Por isso, está bem estranho não ter mais casa. Porque a casa dos meus pais não é minha casa, só estou morando aqui por um tempo. Umas férias, uma visita mais prolongada. Mas, não é minha casa. Não vejo a hora de definir onde vou morar, de encontrar um apartamento bem bacana. Se for em outra cidade, vai ser mais especial, porque vou ter que comprar tudo novo: cama, geladeira, fogão, sofá. Vai ser realmente um novo começo, uma nova vida. Já estou imaginando minha próxima casa e sei que vai ser completamente diferente. Eu mudei muito mesmo nos últimos anos e estou até curiosa pra saber que cores vão ser as paredes da minha nova casa. Porque, no fundo, nem eu sei.