segunda-feira, 30 de junho de 2008

Propaganda da tevê

A gente nem precisa pagar psicólogo para fazer terapia. É só ligar a televisão e prestar bem atenção nas propagandas. Tem uma de uma cerveja nova que o cara está sentado num banquinho e diz que não entende como as pessoas podem passar trinta anos com alguém que não ama. Completa afirmando que casar é fácil, difícil é ter coragem para separar... Outra é uma da Natura, acho que a narração é do Arnaldo Antunes: o slogan é "Toda rotina tem a sua beleza". Uma que eu dou risada toda vez que vejo é de uma cara que atola na lama com um carro tipo adventure e um mico leão dourado sobe no capô do carro e começa a cantar: "Don't worry about the things, cause every little things gonna be alrigth..." Se a gente conseguisse seguir os conselhos da publicidade, talvez fosse mais fácil ser feliz. Tudo bem que além destes conselhos bem bons, também iríamos consumir piscinas de coca-cola, comeríamos elefantes de fast-food e usaríamos litros de shampoo que deixariam nosso cabelo mais arrepiado do que o da Tina Turner no filme Mad Max - Na Cúpula do Trovão...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Nunca imaginei que um dia diria adeus

Mais um dia se passou desde que você me deu um beijo no rosto e me disse tchau. Um dia que se soma a tantos outros dias que já se passaram e em que pensei em você. Nos meus pensamentos está tudo indo bem, mas o coração ainda chora. Olhei para você dormindo tantas vezes, suspirando os últimos sonhos pela manhã e um sentimento quente sempre me envolvia antes de levantar. Hoje, é mais difícil acordar. É mais difícil ir dormir. No fim, o dia sempre passa e sinto que nossos caminhos estão lentamente e continuamente se tornando mais distantes. Um vulto que vai caminhando rumo ao horizonte e se transformando em uma imagem indefinida na contra-luz do sol. Caminhando, andando, seguindo em frente. Dessa vez, não vou tentar não olhar para trás. Vou parar muitas vezes pelo caminho e me virar para admirar o quanto caminhei e vou te ver sempre no meu passado. Sei que você vai estar lá, sempre acenando com um sorriso e me lembrando do quanto podemos ser felizes se quisermos.

Coisas do Japão

A força dos samurais e a leveza dos tsurus. Japão.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O resto da vida

Antes eu sabia o que eu ia fazer para o resto da vida. Sabia que iria trabalhar para comprar uma casa. Sabia que iria ter um filho e que me dedicaria a ser uma boa mãe. Sabia que iria envelhecer ao lado de uma mesma pessoa. Sabia que quando eu ficasse velhinha e me aposentasse, iria ser criadora de gatos de raça para venda. Sabia que até lá iria cultivar cebolinha e salsinha em vasos, que iria acordar e ir dormir na mesma cidade. Sabia que iria visitar a família todos os finais de semana, fazer um churrasco nos aniversário e passar os natais como todos os anos. Eu só não sabia que essa certeza era só um sentimento, não era um fato. Na verdade, todas as minhas certezas se dissiparam no ar, com a rapidez de uma chuva de verão que vem não se sabe de onde e acaba quando você olha para o céu. É estranho não saber o que estarei fazendo daqui dez anos. Mais estranho é imaginar que daqui dez anos vou ter 45 anos. De todas as surpresas da vida, não ter idéia do que vou estar fazendo no mês que vem é a que eu menos imaginava que iria ter. Aliás, o mais estranho mesmo não é saber o que vou estar fazendo, mas imaginar quem eu vou ser amanhã.