segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Milhas Distante

Estou a 2.400 km de casa, de férias na Bahia, há dez dias. Viajar faz muito bem, lembra a gente que existe um mundo inteiro ao nosso redor, um mundo muito maior do que nos acostumamos a acreditar. Os problemas e as frustrações também ficam distantes e, de longe, se tornam pequenos, bem pequenos, tão pequenos que dá até pra esquecer. O ano está acabando e eu não poderia estar em um lugar melhor, uma pausa merecida para começar bem o ano que já é uma certeza de sucesso. Não espero nada do ano que vem, só que ele seja tão bom quanto o que já passou!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Decisões


Hoje é um bom dia para tomar decisões. Seria bom, mas não consigo deixar a vida me levar. Eu escolh0 o rumo e a velocidade do meu barquinho. Passei um tempo navegando sem bússola, meio perdida, sem saber para onde ir. Na falta do que querer, escolhi alguém para querer, achando que era terra firme à vista. Mas, foi apenas um engano. Não era terra, muito menos firme. Não lido muito bem com as frustrações, não aceito ter a vontade e não poder pegar. Só que chega uma hora que é preciso deixar de ser infantil. Chega uma hora que a decisão é só minha. Eu decido não perder mais tempo. Eu decido procurar um novo rumo para o meu barquinho e deixar todas as obsessões e suas frustrações boiando na água. Eu decido continuar na verdadeira busca da vida de todo mundo: a busca de si mesmo. Essa busca é uma aventura sem fim, é isso que faz o barquinho navegar, enfrentar ventos e tempestades, ou velejar sob o sol radiante. Que os ventos inconstantes da vida me levem, mas sou eu quem segura o leme.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Controle Absoluto


Depois de tudo que passei, ando com medo de sofrer de novo. Por isso, tenho tentado controlar o sentimento. Resultado? Estou sofrendo por não conseguir controlar. Não dá realmente para escolher o que sentir. Essa minha mania de controle faz as coisas mais confusas. Gera frustração. Cria conflitos. Meditar tá na moda, mas para mim é muito difícil não pensar. Ainda mais pensar em nada. Acho que as férias vão vir em um momento mais que oportuno.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Bésame mucho

Homens e Mulheres deveriam tentar se dar melhor na parte da cabeça, porque na parte do corpo são duas peças que realmente se completam. Homens com sua incrível capacidade de conquistar e mulheres com sua grande necessidade de serem conquistadas. Mas, para que a dança aconteça, é preciso achar o par ideal. Aquele que tem o mesmo ritmo, a mesma energia e a mesma disposição. Sintonia.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


Minha quinta-feira foi ótima! Acordei às 8h30 da manhã, mas só saí da cama às 9h30. Liguei o computador, fui fazer o café. Respondi alguns emails importantes, a maioria para recebimentos e entrega de serviços. Fui almoçar na minhha mãe. Como ela ainda não tinha chegado do trabalho, fiz o almoço. Bife e bolinho de espinafre! Fui fazer um freelinha às 13h30. Como estava perto do shopping, fui até até lá para ver como andava a migração do meu celular para uma nova operadora na loja que comprei meu celular novo. Aliás, celular que estou adorando. Fiquei sete anos com o mesmo aparelho e agora mudei. Meu celular novo tem câmera, tem calendário com alarme, mp3, pacote messenger e acesso wap. Maravilha! Aproveitei para ir nas Lojas Americanas comprar quinquilharias, coisas que eu adoro! Comprei batom, prendedor de cabelo, esmalte. Passei na Bom Livro para comprar minha agenda 2009, porque graças a deus já tenho compromissos para o ano que vem! Nisso, já eram mais de 4h da tarde! Voltei pra casa, respondi mais alguns emails, passei um orçamento. Daí, fui comer costela assada no meu pai. Minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha mais-linda-do-mundo também estavam lá. Conversei um monte com minha sobrinha, apesar dela ter um ano de idade e ter um vocabulário de apenas umas dez palavras... Daí, voltei pra casa. Estava pensando em ir dormir, quando vejo que tem mensagem no celular. Minha amiga dizendo que estava no bar, que era para eu ir pra lá. No bar, vários verdadeiros amigos, pessoas que admiro, cada um por uma razão. Mulheres de verdade, homens de opinião. Tomei umas cervejas e senti, do fundo da alma, que viver vale a pena. Dá trabalho, mas compensa. Houve dias que eu nunca imaginaria pensar e dizer isso, mas: "Viver é muito bom!"

domingo, 16 de novembro de 2008

Cada um tem suas capacidades. Uns tem facilidade com trabalhos manuais, outros gostam de números, alguns têm o pensamento rápido. Eu tenho a incrível facilidade de esquecer. Sou uma pessoa extremamente apaixonada, quando me apego a algo ou alguém posso mover montanhas. Mas, quando as coisas que gosto me fazem sofrer de algum modo, consigo esquecê-las de um jeito que parece que elas nunca existiram. Pessoas que já foram a razão da minha existência, hoje não passam de uma fotografia esquecida dentro da gaveta. É uma forma de abstração, uma defesa para não sofrer. Funciona de maneira bem eficaz. Além de esquecer, esqueço rápido. E para sempre. É como apagar um arquivo, pintar uma parede de outra cor, queimar um papel. Mas, como tudo na vida, como todo remédio, tem efeitos colaterais indesejáveis. Meu passado não tem lembranças. Não me lembro de absolutamente nada da minha infância. Não lembro da minha primeira bicicleta, não lembro como era minha cama quando eu era criança, não lembro de professores. Nada antes dos 7 anos de idade. Tudo do meu passado remoto é apenas uma névoa branca com alguns vultos. Do meu passado recente, alguns flashes intensos. Agora que estou no meio na minha vida, estou tentando mudar. Enfrentar a dor de forma diferente. Para poder chegar aos 80 anos e ter lembranças de tudo que vivi. Das coisas boas e também das ruins.

sábado, 15 de novembro de 2008

Acho que sou a única pessoa que lê as mensagenzinhas que aparecem no início do orkut. Talvez não seja a única que lê, mas com certeza sou a única que fica pensando nelas. A de hoje é assim: "A estrada do verdadeiro amor sempre tem obstáculos". Será? Aliás, o que é o verdadeiro amor? É aquele onde ele nasceu pra mim, eu nasci pra ele? Ou aquele que a gente escolhe pra ser nosso? Ou, outra opção, aquele que vc constrói? Amores já tive vários: correspondidos, não-correspondidos, platônicos, amores dos outros por mim que aconteceram sem eu querer, amores loucos, amores murchos, amores que não dava pra entender... Será que foram verdadeiros? Essa frase é contraditória, afinal o amor só é amor porque é verdadeiro, não existe amor falso. Amor falso não é amor... Esse orkut devia ter umas aulas de semântica...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A vida é engraçada

Rir é sempre o melhor remédio. Mesmo quando as coisas vão mal. Não adianta se desesperar, afinal o mundo nunca pára de girar e o movimento da vida é contínuo. Pra que planejar e criar expectativas se no fim tudo acontece do jeito que quer? Melhor é enxergar que tudo tem solução, ver que sempre é possível fazer uma boa piadinha pra aliviar o stress. Sem que eu tomasse nenhuma medida extrema, a vida começou a ficar mais colorida, a caixa de entrada do email começou a ficar cheia de boas mensagens, as contas diminuíram, até o coração começou a bater de um jeito diferente. Foi só eu parar de chorar e começar a sorrir. As coisas acontecem, graças a deus.

domingo, 5 de outubro de 2008

Vacina

Depois de tudo, achei que estava vacinada contra o amor-não-correspondido. Mas, ainda não inventaram uma vacina contra esse mal. Não consigo evitar essa dorzinha, esse coração apertado e umas lágrimas no canto do olho. Resta agora minimizar os sintomas, tomar um resfenol e esperar a febre abaixar. Um chá com limão e um ededron quentinho ajuda.

sábado, 4 de outubro de 2008

Coração X Coração

Foi ontem que soube que o seu coração não sente o mesmo que o meu. Pensei que ele tivesse batido mais forte, talvez até descompassado, e feito o corpo aquecer. Mas, foi só o meu que agiu assim. Quando senti o coração batendo mais forte, imaginei que você entraria na minha vida e que passaríamos bons momentos juntos. Estou triste por saber que você não vai chegar a saber o que senti por você. Não vou poder te dizer baixinho que te quero, nem vou poder gritar eu te amo. Apesar de ainda existir a esperança de que, de repente, seu coração olhe para o meu e a mágica aconteça, talvez seja a hora de não insistir no que não posso controlar. Desejei que minha estrada cruzasse com a sua, porém nossos caminhos são paralelos, ao alcance da vista um do outro, mas somente lado a lado. Vou ficar com a lembrança daquele abraço que um dia cheguei a pensar que era o começo. Mais uma vez, a despedida: você está indo embora dos meus sonhos.

domingo, 21 de setembro de 2008

Coragem de ter medo

Sabe aquelas banquinhas de feira que vendem artigos orientais? Nesta havia também a possibilidade de escrever o nome em japonês em um chaveiro de bambu. Eu estava procurando um talismã para colocar na porta do meu apartamento. Apesar de há muito tempo ter perdido a fé, desacreditado em deus e viver com a dúvida de ser ou não ser agnóstica, acredito em amuletos, horóscopo, runas e meditação. Definitivamente, o ateísmo não me define. Pensei numa palavra para me definir e escolhi uma: CORAGEM. Desde então, toda vez que saio de casa e me viro para trancar a porta, vejo o pedacinho de bambu balançando na porta e me lembro porque estou saindo de casa. Coragem é o meu propósito. Estou neste mundo para ter coragem em todos os dias da minha vida. Antigamente, não achava possível ser uma pessoa corajosa, porque o medo sempre fez parte de tudo, o medo me acompanhou nos momentos decisivos, nos momentos tristes e até nos momentos de felicidade. Estar alegre me fazia sentir medo de ficar triste. Só com o tempo que fui perceber que o medo não é o oposto da coragem. É preciso ter medo para ter coragem. Se eu não tenho medo de tempestade, não preciso de coragem para sair contra o vento e a chuva. É só sair, como se saísse para um dia ensolarado. Mas, se a luz dos raios e o barulho dos trovões me aterrorizam, é preciso ter muita coragem para abrir os olhos e ver as nuvens negras se movimentando no horizonte. Por isso, não tenho mais medo de ter medo. Porque sei que tenho coragem para enfrentá-lo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Liberdade ainda que tardia

Na verdade, nunca desejei ser livre. Sempre me apeguei a algo, a alguém ou a algum momento. Sempre quis possuir e controlar. "Ser" dependia sempre de outra coisa. De repente, sem que eu pudesse fazer nada, até mesmo a contragosto, ganhei a liberdade. Agora estou me acostumando a decidir o que fazer com ela todos os dias. Ser livre é estranho. Não há em que colocar a culpa ou a esperança, porque sou livre para decidir estar triste, alegre ou insensível. Decidir querer ou não querer só depende de mim. É muito bom ser livre, é muito bom ter a responsabilidade e o mérito de viver.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Saudade do que não tive


Tenho saudades dos minutos daquele dia em que minha boca encontrou a sua. Ficou uma marca no lugar onde você tocou, um cheiro no ar das lembranças daquele olhar. Tão pouco, tão rápido, tão fugaz. Tenho saudade do que não cheguei a ter.

sábado, 13 de setembro de 2008

De onde vem o desejo?

Será que o desejo começa no coração? De onde vem a vontade de estar perto, a vontade de tocar e descobrir alguém? Será que vem da pele, da energia que é transmitida de um olhar para outro?
Porque sentimos isso por determinada pessoa, num determinado momento? O desejo vem independente da razão, uma força poderosa que move as pessoas quer elas queiram ou não. É o desejo que nos mantém vivos. O desejo faz o coração bater mais forte, a respiração fica mais rápida, todo o nosso corpo reage, pulsa, grita. É tão forte que muitas vezes temos medo de desejar, de sentir, de querer. Medo de não conseguir satisfazer o desejo e permanecer sempre com o coração batendo forte, a respiração rápida e o corpo em ebulição. Ninguém suporta desejar por muito tempo. Desejar por muito tempo começa a doer. Então, o desejo vira raiva e frustração.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Super Mercado


Ir ao supermercado é uma terapia. É mais fácil comprar pão na padaria, mas uso essa desculpa para dar um pulo no supermercado. Vou olhando as ofertas, vendo os produtos novos, conferindo as novas embalagens. Gosto também de ver os importados, coisas que eu nunca vou comprar como coração de alcachofra em conserva e patê foiegras. Mas, gosto de saber o que existe para ser comprado. Também é ótimo para fazer planos, fico olhando o que compraria se fosse mais rica ou se resolvesse ter uma vida mais saudável. Fibra solúvel, broto de girassol, sal líquido e tudo mais. Tem dias que gosto de fazer uma regressão, fico lembrando das coisas que eu pedia para minha mãe comprar quando eu era criança. Das respostas positivas delas, boas lembranças. Das negativas, a raiz dos meus complexos. Quando eu era criança, além de pedir coisas para a minha mãe comprar, sonhava em ficar presa no supermercado de noite para poder comer tudo o que tinha lá dentro, experimentar as roupas da seção de adultos e brincar com os jogos da seção infantil. Hoje, eu preferia ficar presa no shopping center, bem mais divertido. Uma das coisas realmente construtivas da minha mania de supermercado, é passar sempre - todas as vezes - na seção de livros. É como ir na cartomante para saber a sorte do dia: eu pego um livro e abro em uma página qualquer e leio a primeira frase que meus olhos encontram. Daí, a Madame Ozara que reside em mim faz a interpretação. Uma vez, estava pensando em parar de fumar e li uma frase do Osho justamente dizendo que o lance não era parar de fumar, mas fazer do ato de jogar fumaça pra dentro um ritual. Meio hipongo, mas toda vez que acendo um cigarro eu penso no Osho. O livro de interpretação dos sonhos era divertido. Toda vez que sonhava algo mais que onírico, eu corria no mercado para consultar o significado. Pena, que nunca deu certo.

sábado, 26 de julho de 2008

Dias Melhores

Pela primeira vez, acreditei que dias melhores iriam vir. Vieram mesmo. Graças a Deus...

28º Festival de Música de Londrina

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Propaganda da tevê

A gente nem precisa pagar psicólogo para fazer terapia. É só ligar a televisão e prestar bem atenção nas propagandas. Tem uma de uma cerveja nova que o cara está sentado num banquinho e diz que não entende como as pessoas podem passar trinta anos com alguém que não ama. Completa afirmando que casar é fácil, difícil é ter coragem para separar... Outra é uma da Natura, acho que a narração é do Arnaldo Antunes: o slogan é "Toda rotina tem a sua beleza". Uma que eu dou risada toda vez que vejo é de uma cara que atola na lama com um carro tipo adventure e um mico leão dourado sobe no capô do carro e começa a cantar: "Don't worry about the things, cause every little things gonna be alrigth..." Se a gente conseguisse seguir os conselhos da publicidade, talvez fosse mais fácil ser feliz. Tudo bem que além destes conselhos bem bons, também iríamos consumir piscinas de coca-cola, comeríamos elefantes de fast-food e usaríamos litros de shampoo que deixariam nosso cabelo mais arrepiado do que o da Tina Turner no filme Mad Max - Na Cúpula do Trovão...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Nunca imaginei que um dia diria adeus

Mais um dia se passou desde que você me deu um beijo no rosto e me disse tchau. Um dia que se soma a tantos outros dias que já se passaram e em que pensei em você. Nos meus pensamentos está tudo indo bem, mas o coração ainda chora. Olhei para você dormindo tantas vezes, suspirando os últimos sonhos pela manhã e um sentimento quente sempre me envolvia antes de levantar. Hoje, é mais difícil acordar. É mais difícil ir dormir. No fim, o dia sempre passa e sinto que nossos caminhos estão lentamente e continuamente se tornando mais distantes. Um vulto que vai caminhando rumo ao horizonte e se transformando em uma imagem indefinida na contra-luz do sol. Caminhando, andando, seguindo em frente. Dessa vez, não vou tentar não olhar para trás. Vou parar muitas vezes pelo caminho e me virar para admirar o quanto caminhei e vou te ver sempre no meu passado. Sei que você vai estar lá, sempre acenando com um sorriso e me lembrando do quanto podemos ser felizes se quisermos.

Coisas do Japão

A força dos samurais e a leveza dos tsurus. Japão.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O resto da vida

Antes eu sabia o que eu ia fazer para o resto da vida. Sabia que iria trabalhar para comprar uma casa. Sabia que iria ter um filho e que me dedicaria a ser uma boa mãe. Sabia que iria envelhecer ao lado de uma mesma pessoa. Sabia que quando eu ficasse velhinha e me aposentasse, iria ser criadora de gatos de raça para venda. Sabia que até lá iria cultivar cebolinha e salsinha em vasos, que iria acordar e ir dormir na mesma cidade. Sabia que iria visitar a família todos os finais de semana, fazer um churrasco nos aniversário e passar os natais como todos os anos. Eu só não sabia que essa certeza era só um sentimento, não era um fato. Na verdade, todas as minhas certezas se dissiparam no ar, com a rapidez de uma chuva de verão que vem não se sabe de onde e acaba quando você olha para o céu. É estranho não saber o que estarei fazendo daqui dez anos. Mais estranho é imaginar que daqui dez anos vou ter 45 anos. De todas as surpresas da vida, não ter idéia do que vou estar fazendo no mês que vem é a que eu menos imaginava que iria ter. Aliás, o mais estranho mesmo não é saber o que vou estar fazendo, mas imaginar quem eu vou ser amanhã.