terça-feira, 16 de junho de 2009

Filosofia para Iniciantes

Talvez eu tenha começado a ler livros clássicos mais por vaidade do que por gosto. Quando terminei de ler "Crime e Castigo" me senti bem por fazer parte do grupo das pessoas que já leram Fiodor Dostoiévski. Nomes difíceis, assim como as coisas difíceis, sempre me atraíram. Além da vaidade literária, ser freguesa de sebos também contribuiu para a leitura de livros antigos. Acho que livro no Brasil é um artigo muito caro e não é sempre que dá pra ler o que se quer. Tem dias que tenho vontade de ler algo contemporâneo, lançado há poucos dias, com palavras que sei o significado, cenários mais modernos e questões mais fresquinhas. Não é sempre que dá. Porém, tudo tem seu lado bom. A falta de grana me fez ler livros que construíram a minha forma de pensar e mudaram muitos conceitos que eu tinha herdado da escola, da família e da sociedade. Acabei de ler um livro que peguei emprestado - "Filosofia para Iniciantes". É um livro beeeeeem pra inciantes, com charges dos filósofos e desenhos da primeira até a última página. Apesar de parecer meio ridículo ficar lendo diálogos entres caricaturas do Platão e Aristóteles, foi muito interessante ver um resumo da história da filosofia, do seu começo até a década de 90. O mais intrigante foi perceber que mesmo depois de tanto tempo, estudos, teorias e teóricos, ainda não sabemos quem somos e nem porque estamos aqui. Nem o lance da existência de Deus progrediu muito. Quando fechei o livro e cheguei a essa conclusão, senti uma pontinha de alívio. Se nem os filósofos de todos os tempos conseguiram chegar a um consenso sobre quem somos e para onde vamos, eu - que não passo de uma pessoa de classe média, moro num país apenas emergente, tenho apenas a pós-graduação - também não tenho nenhuma obrigação de saber! Graças a Deus!

Um comentário:

Anônimo disse...

Faltou o autor.