terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mãe, me empresta o carro?

O mais engraçado nisso tudo é que, depois dos 36 anos, eu voltei a morar na casa dos meus pais. Eu não morava mais com eles há mais de 13 anos e, obviamente, não tinha mais quarto na casa. Pra ir trabalhar no navio por 8 meses, eu tinha desocupado meu apartamento, vendido meu carro e tudo o mais. Quando desembarquei, vim morar com eles. É engraçado, porque estou me sentindo com 15 anos, pedindo o carro emprestado e avisando que horas vou voltar. O quarto onde estou morando, virou minha casa temporária. Uma micro-casa, dentro da casa. Eu sempre fui muito apegada às coisas materiais, a minha casa sempre foi um lugar sagrado que eu cuidei e decorei com muita dedicação. Meu apartamento foi alugado com a mobília e, às vezes, sinto ciúme do meu sofá que agora tem uma outra pessoa deitada em cima. Sou uma pessoa que gosta de morar sozinha, nunca dividi minha casa com ninguém, só com meus irmãos e com os maridos. Fora isso, sempre fiz questão de ter minha casa só pra mim. Por isso, está bem estranho não ter mais casa. Porque a casa dos meus pais não é minha casa, só estou morando aqui por um tempo. Umas férias, uma visita mais prolongada. Mas, não é minha casa. Não vejo a hora de definir onde vou morar, de encontrar um apartamento bem bacana. Se for em outra cidade, vai ser mais especial, porque vou ter que comprar tudo novo: cama, geladeira, fogão, sofá. Vai ser realmente um novo começo, uma nova vida. Já estou imaginando minha próxima casa e sei que vai ser completamente diferente. Eu mudei muito mesmo nos últimos anos e estou até curiosa pra saber que cores vão ser as paredes da minha nova casa. Porque, no fundo, nem eu sei.

2 comentários:

mari disse...

nem o mais rígido dos seres humanos sabe que cor gostaria de pintar a sua parede, estamos todos em busca...bj

Aline disse...

Amiga...sei bem como é! Quando a gente descobre o prazer da liberdade, nunca mais quer voltar pra casa dos pais.
isso é fase, como tudo na vida, e sempre serve pra revermos algumas coisas do passado!
Bjos