quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estar na Rússia foi fantástico! Eu me lembrei de quando era criança e estava rolando a guerra fria, de todas as imagens que eu tinha na cabeça, dos soldados, do comunismo, da bomba atômica. Naquela época, eu era suscetível à propaganda americana e fazia torcida para os EUA. Foi surpreendente estar lá, vendo que é um país, um povo, uma língua, um jeito de vestir. Não são só tanques e exércitos. Apesar de que ainda dá pra ver relíquias do comunismo, como os grandes prédios residenciais de concreto cinza que ficam perto do porto. Dá pra notar que os prédios não tem significação arquitetônica nenhuma, têm adornos e tudo, mas não é expressão de nada. São só prédios. Achei uma cidade bem triste, senti algo um tanto carregado, as pessoas são sérias e ríspidas, têm um olhar vazio. A não ser o vendedor de souvenirs da praça que falou comigo e em português. Talvez, seja só impressão minha, afinal foram muito fortes as impressões que tive da Rússia quando era criança. Fico imaginando tudo o que rolou por aquelas ruas por onde passei quando o comunismo acabou. O povo enfrentou uma grande mudança e mudar sempre é difícil. O problema desse turismo de tripulante de navio é que eu passo pelas cidades por algumas horas, mas não dá pra conhecer, fico só em lugares turísticos que nada mais são do que flores de plástico dentro de um vaso, ao invés de ser um jardim. Bonitos e artificiais. Tive uma grande curiosidade de saber mais, de conversar com os russos pra saber o lado deles da história. Essa grande história que foi o comunismo russo. Assunto grandioso demais pra eu conseguir dividir com alguém aqui dentro desse aquário em formato de navio, onde a revista Veja é chata porque só tem notícia.

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